Depois de algumas eras sem postar absolutamente nada, trago hoje para vocês o relato da primeira sessão de uma campanha de Dungeon World rolada no cenário de Tormenta.
Esta sessão rolou dia 06/09/2014 e teve sua segunda sessão no dia 20/09/2014, a qual farei o relato o mais breve possível.
O relato ficou um pouco extenso, mas curtimos muito a aventura.
Enfim, deixa de enrolação e segue o relato. Espero que gostem!
Arton 1416
Cidade de Solace – Bosques de Baraldi – Tyrondir, o reino da fronteira.
INTRODUÇÃO – CONTEXTUALIZANDO A CAMPANHA
TYRONDIR, O REINO DA FRONTEIRA: sendo o ultimo reino do mundo
civilizado, Tyrondir separa Arton norte do continente sul, conhecido como
Lamnor através da cidade-fortaleza de Khalifor, construída no passado por
humanos que viviam em Lamnor, como uma forma de defesa contra ameaças no então
desconhecido norte (na época conhecido como Ramnor), utilizado após a migração
humana para o norte como defesa contra a Aliança Negra goblinóide do sul e hoje
dominada por esta. A Alinça Negra cresceu sob uma profecia, unindo diversas
raças goblinóides, dominando todo o continente sul e expandindo suas tropas
rumo ao norte. Sua ultima empreitada de sucesso foi dominar a cidade-fortaleza
de Khalifor, massacrando todos os humanos que protegiam o local.
BOSQUES DE BARALDI: a segunda maior floresta do reino, batizada erroneamente
como bosque, reza a lenda que esta grande floresta cresceu sobre o corpo do
gigantesco dragão ancião conhecido como Baraldi, que tombou após ser derrotado
por um grupo lendário de aventureiros. A floresta emana uma forte energia
mística, atraindo grandes perigos e riquezas para aqueles corajosos e/ou tolos
o suficiente para desbravarem o lugar.
SOLACE, A CIDADE SOBRE AS ÁRVORES: Solace, a única cidade
civilizada dos Bosques de Baraldi é uma cidade de porte médio desenvolvida com
arquitetura élfica. Nesta cidade, todas as moradias e demais localidades são
construídas suspensas ou dentro dos troncos de carvalhos gigantes, ficando em
posição elevada em relação ao solo e sob as copas das árvores, protegendo a
cidade contra ataques tanto do chão quanto dos céus. É impossível localizar a
cidade sobrevoando-a. As casas e demais localidades da cidade são interligadas
com pontes de corda que dão um charme todo especial para o lugar. A população é
constituída em sua grande maioria por caçadores e até a saída dos personagens
era comandada pelo bondoso e justo Lorde Félix.
SINOPSE DA AVENTURA: após o sumiço misterioso e repentino de todos
os dragões de Arton, os personagens se separaram durante cinco anos a fim de
buscar pistas sobre o fato.
CENA 01 – REENCONTRO NA TAVERNA DO GRANDE CARVALHO
Após cinco anos investigando o
misterioso e repentino sumiço dos dragões de Arton, os personagens finalmente
se reencontram na Taverna do Grande Carvalho, mesmo local onde se separaram.
Ao chegarem na taverna outrora
alegre e movimentada, os personagens estranharam o lugar contar com apenas
algumas poucas pessoas, sem a música e o entusiasmo que eram marca registrada
dali.
Foram recebidos pela bela Hanna,
uma humana adolescente de 17 anos que assumiu a administração da taverna após a
morte de seu padrasto, o velho Rud, um halfling muito querido na cidade. A
jovem os recebeu apreensiva. Ela deu a notícia do falecimento de seu padrasto
após os aventureiros perguntarem por ele. Ela então quebrou o gelo e de forma
apreensiva perguntou se eles já tinham onde passar a noite, momento em que em
tom de brincadeira o halfling ladrão Omar disse que pretendiam passar a noite
bebendo e que só pensariam nisso depois.
Hanna então explicou frustrada
que as coisas em Solace haviam mudado muito desde a partida dos heróis. Com o
sumiço dos dragões, assim como os personagens, vários aventureiros partiram da
cidade em busca de informações, deixando a cidade enfraquecida. Cerca de três
anos atrás, os “monstros verdes” invadiram a cidade comandados por um líder
conhecido como Olog, mataram o antigo lorde e pela força dominaram a cidade.
A explicação foi interrompida
abruptamente quando soaram trombetas anunciando o toque de recolher. Imediatamente
os poucos frequentadores da taverna começaram a se recolher às suas
residências. Antes que os personagens pudessem debater, um tumulto foi ouvido
do lado de fora da taverna e em seguida uma linda elfa ruiva entrou pela porta
correndo e se abrigando atrás dos heróis. Em seguida, entrou também um elfo
ancião muito ferido, com uma lança atravessada em suas costas. Os dois estavam
sendo perseguidos por cerca de vinte “homens verdes” (orcs e goblins), que
foram em seu encalço e exigiram que os aventureiros entregassem a elfa.
Com a negativa, o caçador Haleki
tomou a elfa em seus braços e se aproximou de uma das janelas, momento em que o
orc comandante daquele grupo grunhiu algumas palavras em seu idioma, levando
alguns goblins a apontarem suas lanças para Haleki, que sem pensar mais nada
saltou pela janela com ela em seus braços, sendo ele ferido durante a manobra,
com o ombro esquerdo atingido por uma das diversas lanças arremessadas contra
ele. O líder orc comandou alguns de seus subordinados a segui-lo enquanto
resolveu partir para cima dos outros personagens.
Sem saída, os personagens
combateram os inimigos em um confronto com direito a cabeças cortadas pelo
guerreiro Castor e um lustre derrubado em alguns goblins por uma flecha certeira
atirada por Omar, terminando com Darius usando Aterrorizar no líder orc, que
fugiu desesperado levando os sobreviventes consigo, alguns destes prometendo
voltar e matá-los.
Após este combate, Darius
examinou o elfo ancião e chegou à conclusão de que ele estava morto, contudo,
seu deu Mirkull ordenou que ele o curasse e ele assim o fez, restaurando-o por
completo. O ancião agradeceu e pediu para encontrar a elfa que ele chamou de “Vi”,
imediatamente e então os personagens saíram dali.
Esta cena terminou quando Haleki
fugiu com Vi. Perseguido por um grupo de goblins, os elfos saíram das árvores e
chegaram ao solo, momento em que os goblins pararam a perseguição acreditando
que eles morreriam ali enfrentando as diversas feras que rondam o local.
Após alguns minutos de caminhada
um urso encurralou os personagens. Tudo indicava que uma batalha começaria ali
mas nosso caçador o dominou e o tomou para si como companheiro animal, batizando-o
como Cheewie.
CENA 02 – A PROFECIA DA FLECHA VERMELHA
Após fugirem de Solace os
personagens se reuniram na entrada da Gruta dos Lobos, um ponto de encontro nos
arredores da cidade, o qual os personagens já haviam previamente combinado. Sob
a luz da lua cheia o elfo ancião, agora já apresentado como Tanis mostrou um
texto antigo escrito em uma linguagem élfica muito antiga e utilizada por
dragões em eras passadas. Este texto estava magicamente gravado nas costas da
elfa e trazia uma profecia na qual uma “flecha vermelha” daria fim às trevas
instauradas no mundo. Tanis acreditava que a elfa que lhe foi confiada há onze
anos na pequena cidade de Belmont é de fato a flecha vermelha da profecia. Ele
a conhecia apenas como Vi e cria nela como a chave de muitas profecias.
Após montarem acampamento os
personagens finalmente puderam conversar e compartilhar os conhecimentos
adquiridos durante os anos que passaram separados. Infelizmente eles não
obtiveram muitas informações. Castor encontrou um possível cemitério de dragões
na Montanha do Griffon, há alguns dias ao sul e Darius estudou sobre um
possível altar de sacrifício para o deus dos dragões. Sem muitas pistas Darius
fez uma prece a Mirkull, seu deus em busca de respostas, porém, nada aconteceu
até que Haleki perguntou em tom de brincadeira se a jovem elfa teria mais
tatuagens. Após esta insinuação, Darius olhou para Vi e ela apresentava tatuagens
com as mesmas escritas por todo o corpo, porém ainda mais arcaicas. As tatuagens
reluziam e apareciam claramente sobre o fino vestido branco de seda da elfa.
Percebendo que ele era o único capaz
de enxergar as escritas, o clérigo imediatamente se concentrou e começou a
transcrever em um pergaminho tudo o que via, até que sua concentração foi
abruptamente quebrada quando Castor preocupado tocou nos ombros de Darius,
finalizando a conexão com seu deus.
Haleki tentou decifrar o
pergaminho incompleto, porém desta vez não foi capaz, ficando a cargo de Tanis
decifrá-lo. O ancião descobriu que as escrituras se tratavam na verdade do mapa
descritivo de um lugar sagrado ao qual a flecha vermelha estava destinada. Como
a transcrição estava incompleta e o dialeto era muito arcaico, o ancião só
obteve algumas palavras como orientação: MORTE, ESCAMAS, SACRIFÍCIO E
MONTANHAS.
Diante do revelado, os aventureiros
seguiram em uma viagem rumo aos pés da Montanha do Griffon, no cemitério de
dragões onde eles esperavam encontrar respostas. De alguma forma o destino de
Vi, dos personagens e talvez do mundo como é conhecido estaria no cemitério dos
dragões.
CENA 03 – O CEMITÉRIO DE DRAGÕES
Guiados por Castor os personagens
chegaram até próximo da entrada do cemitério de dragões. Pouco antes da entrada
os personagens avistaram oito guardas protegendo a entrada cavernosa do local.
Omar se adiantou como batedor e
sozinho partiu se esgueirando de forma furtiva por entre as árvores que
margeavam o caminho até o local. Escondido e há poucos metros dos guardas Omar
se assustou quando percebeu que não se tratavam de humanos ou de qualquer outra
raça que ele já viu. Eram humanoides, porém, tinham vários aspectos dracônicos,
como escamas por todo o corpo e cabeça reptiliana, assemelhadas aos poderosos
dragões.
Antes de voltar para os outros o
pequeno halfling teve sua atenção voltada para uma joia vermelha circular que
cintilava como que se chamasse o pequenino ladrão. A joia estava posicionada
sobre a passagem de entrada do local, presa por os que pareciam garras dracônicas,
esculpidas na pedra. Ele escalou mais um pouco apoiando-se em finos galhos e tentou
tomar aquela joia para si, porém, ao tocá-la um grande rugido se fez ouvir de
dentro do recinto e dois daqueles guardas imediatamente correram em direção à
origem do barulho. Assustados, os demais ficaram em guarda e Omar percebeu que
aquilo era sua deixa para sair dali.
Enquanto Omar contava o ocorrido
aos demais, Darius percebeu uma energia mágica muito intensa no local, com a
aura de uma cor completamente diferente, que coincidentemente ele tinha visto
apenas quando examinava as tatuagens de Vi. Esta energia mágica se
intensificava conforme se aproximava do cemitério.
Após deixar Cheewie cuidando de
Tanis e Vi, Haleki se aproximou de forma furtiva para aproveitar um possível elemento
surpresa enquanto os demais caminharam abertamente em direção aos guardas na
tentativa de estabelecerem um diálogo. Darius tomou a frente do grupo e eles
caminharam vagarosamente, tentando ao máximo parecerem pacíficos.
Ao avistarem os personagens, os
guardas assumiram postura ofensiva empunhando suas espadas. Com a aproximação
de Darius, os dois primeiros entre eles atacaram sem o menor anúncio, obrigando
o clérigo a saltar para trás para se esquivar das poderosas chamas expelidas
por eles. Isso começou um novo embate, que terminou com a vitória dos
personagens, graças a ações inteligentes e coordenadas dos mesmos. Por fim,
Darius curou os ferimentos de seus companheiros, orando para seu deus.
Após checar a segurança do lugar,
os personagens foram buscar os outros, momento em que Omar se aproveitou para
com uma adaga furtar a cobiçada joia. Ao retirar a joia ela se aqueceu e emitiu
um brilho forte, depois se apagou novamente, parecendo sem vida. Ele guardou o
objeto entre seus pertences, ocultando-o dos demais. Olhando para o local de
onde retirou o objeto, ele viu as garras talhadas em pedra se fechando.
Entrando pela passagem os
personagens se viram em uma câmara muito grande e completamente escura. Haleki
acendeu uma tocha para iluminar a câmara e para o espanto de todos a chama foi
sugada para o interior do local, sendo direcionada até uma pequena passagem no
extremo oposto do recinto. O processo foi repetido por mais duas vezes e o
mesmo ocorreu em ambas. Darius então mais uma vez orou para seu deus e seu
símbolo sagrado brilhou, levando luz ao local, revelando uma câmara elíptica
com uma grande cratera no centro, terminando em uma pequena passagem.
Omar percebeu que a joia estava
sendo atraída para o mesmo lugar das chamas. Vi também sentiu isso e exigiu que
Omar devolvesse o objeto. O ladrão primeiramente negou tê-lo furtado e em
seguida confessou, porém, não o quis entregar. Ela então agarrou a joia e os
dois começaram a disputá-la na força. Quando vi finalmente conseguiu tomá-la do
halfling, com o impulso ela caiu da cratera, levando Tanis junto, uma vez que
ele tentou segurá-la.
Enquanto a jovem elfa sofreu
algumas poucas escoriações, o ancião começou a ferver como se tivesse sido
atirado em um caldeirão de água fervente. Seu corpo todo queimou até que Vi o
tocou e ele parou de ferver. Os personagens jogaram uma corda e içaram o
ancião. Darius orou novamente a seu deus por uma cura, mas de alguma forma seus
ferimentos não puderam ser curados.
Vi sentiu que aquela esfera dava
alguns poderes a ela. Ela sentiu que aquilo era um chamado e que seus
companheiros agora faziam parte de seu destino. Investida deste novo poder, ela
guiou os personagens intactos pela grande cratera até passarem para o próximo
aposento, um altar de formato circular com uma mesa de pedra e uma faca ritual
feita de dentes de dragão. As paredes do local estavam ornamentadas com imagens
que pareciam retratar parte da profecia da flecha vermelha. Tratava-se de um
altar de sacrifício ao deus dos dragões e de acordo com as escrituras, somente
com um sacrifício os indivíduos seriam dignos de seguirem em diante. A profecia
continuava mostrando várias pessoas sendo sacrificadas. Mostrava também pessoas
se reerguendo como seres dracônicos. A profecia talhada em pedra estava incompleta,
mas terminava com uma mulher sobre um exército de seres dracônicos. Darius
imediatamente associou o altar ao lugar que havia estudado.
Sem saída e percebendo que não
sobreviveria, Tanis se ofereceu como sacrifício, deitando-se na mesa de pedra. Após
muitas discussões morais a respeito do que fazer, Omar tomou frente, sacou a
adaga e a desceu em trajetória retilínea cravando o instrumento no coração do
ancião, finalizando sua vida.
Na cena final da sessão, após a
morte de Tanis, os personagens assistiram perplexos ao sangue que vertia do
corpo ancião do elfo fundindo-se a uma densa bruma vermelha e retornando para
seu corpo que em seguida teve sua pele em carne viva rasgada sendo substituída
por escamas enquanto ele aumentava seu tamanho e massa muscular, crescendo por
fim garras e dentes afiados.
Tanis sentou-se sobre a mesa de
sacrifício e uma passagem se abriu atrás do altar.
FIM DA PRIMEIRA SESSÃO
Relato de uma primeira sessão narrada: http://caminhodasebe.blogspot.com.br/2014/04/relato-de-uma-primeira-sessao-narrada.html
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Para baixar as fichas dos personagens e movimentos: http://www.secular-games.com/2013/09/fichas-das-classes-de-personagens-do-dungeon-world/
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Blog com bastante conteúdo para Dungeon World: http://mestredasantigas.blogspot.com.br/
Revista digital DW Magazine, com conteúdo exclusivo para Dungeon World: https://medium.com/search?q=dungeon%20world
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